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"Não por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos" (Zacarias 4.6).
Dois operários, de temperamentos totalmente opostos, trabalhavam no interior de uma mina. Um era carrancudo e fechado, enquanto o outro era meigo e cordial. Aquele austero queria forçosamente destroçar uma rocha lisa e maciça, mediante o emprego de pólvora.
Seria um trabalho mais rápido e pouco cansativo, segundo o argumento dele. Entretanto, esse foi logo impedido pelo companheiro, que procurava por todos os meios possíveis convencê-lo sobre o aproveitamento da rocha para um trabalho de escultura. E então, com uma lança passou a cinzelar uma série de furos e, nesses orifícios, ia introduzindo pequenas cunhas aprópriadas para essa tarefa. Com um martelo, ele passou a dar pequenos golpes em cada uma das cunhas.
Em face a morosidade do trabalho, o colega afoito e impaciente insistiu argumentando:
--Deixe-me, por favor, golpear este martelo e lhe asseguro que dentro de instantes terei a rocha partida. Assim estaremos com a tarefa concluída e poderemos voltar mais cedo para as nossas casas.
--Ora, companheiro, disso eu não tenho a menor dúvida!--retrucou o colega paciente. --Mas, com certeza, não teremos o bloco completo, como é do meu intento. Se você está saturado do trabalho, deixe-me labutar sozinho porque não pretendo despedaçar essa rocha por nada nesse mundo!
Assim dizendo, prosseguiu seu trabalho de compassados e pequenos golpes desferidos nas cunhas. Cerca de meia hora e o pedaço de rocha começou a se desprender, em corte liso e reto. Um pouco mais e eis que o bloco inteiro deslizou sobre o solo do interior da mina. Com cuidado especial, aquele homem o coloca no elevador, levando a pedra para fora.
Alguns dias depois, um perito escultor começou a trabalhar naquele mármore. De início, ninguém conseguia perceber qualquer forma nítida, mas transcorridas três semanas, qualquer pessoa que visitasse a oficina de trabalho do escultor deparava-se claramente com a transformação daquela rocha lisa e uniforme em escultura humana.
A observação que se verifica na diferença de temperamento dos dois operários nos faz pensar seriamente na diferença encontrada, também, entre a lei e a graça. Elas apresentam determinações totalmente opostas.
A lei, em sua violência, despedaça enquanto a graça constrói, edifica, porque esta--a graça--transforma vidas, corações e personalidades as mais controvertidas e empedernidas que possam ser encontradas.
Porem o faz "não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos .
Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado:
http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/
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