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"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus"
(Mateus 5.16).
Quantos acidentes graves e, na maior parte das vezes, com vítimas,
já aconteceram motivados pela falta de iluminação. Quantos danos
materiais e prejuízos em vários aspectos têm sido registrados pelo
mesmo motivo. Se isso acontece no âmbito social e financeiro,
causando tantos aborrecimentos e transtornos, o que não dizer do
ponto de vista espiritual.
Há muita gente confusa e sem direcionamento na vida, em virtude
das trevas que ofuscam a sua visão moral, social e, sobretudo,
espiritual. A conduta do cristão há de ser tão pura e tão correta que
suas ações, seus gestos e palavras deixem transparecer livremente
o brilho daquela luz que vem de Deus. E quanto mais intenso for esse
reflexo, maior será o seu alcance e tanto mais conhecido e glorificado
será nosso Pai celestial.
Ao anoitecer, os guardas que trabalhavam e cuidavam da torre trataram
de ligar o farol, para que este projetasse luz aos navegantes. Depois de
algum tempo, entretanto, um desses guardas verificou que o farol não
estava projetando o feixe luminoso que devia orientar as embarcações.
Aflito, ele comunicou o fato aos companheiros e juntos saíram
examinando e testando as instalações da torre, a fim de descobrirem a
causa daquela ausência do feixe luminoso. Empenharam-se ao máximo
nessa verificação, sem, contudo, encontrarem a menor avaria nos fios,
tomadas ou interruptores existentes em toda a instalação. Tudo estava
perfeito, mas a ausência da luz, com projeção a distância, continuava.
Algumas horas se passaram e, de repente, a fatalidade--o naufrágio de
um navio que, não podendo orientar-se pela luz do farol, afastou-se da
rota, indo destroçar-se nas rochas.
Foi extremamente doloroso para os guardas suportarem as mais cruéis
e graves acusações, depois de haverem feito tudo o que podiam, no
intuito e no desejo sincero de sanar o defeito que eles muito bem
haviam notado. Embora injustiçados, eles voltaram a examinar ainda
mais cuidadosa e minuciosamente todas as instalações até que,
finalmente, chegaram ao farol propriamente dito e ali se detiveram
observando cada detalhe. Ao retirarem o vidro, descobriram que ele
estava coberto em toda a sua extensão por milhares de insetos, que
assim amontoados impediam que a luz se projetasse, avançando para
mais além.
Assim também ocorre na vida cristã: os maus hábitos, as palavras
impensadas e as ações levianas limitam o campo de atuação do crente
até muitas vezes o impedirem de transmitir a luz que vem de Cristo,
através da sua vida, aos náufragos espirituais que se destroçam nos
rochedos da incredulidade, da indiferença e do pecado.
Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado:
http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/
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