28 de julho de 2015

Cruz – Revelação

"E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o 
terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, 
e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus." 
(Mateus 27:54)

Eu não creio em coincidências. Para mim tudo tem um propósito e 
um objetivo de Deus, em tudo que acontece, seja no tempo que for. 
Não estou dizendo necessariamente que Deus faça tudo 
pessoalmente o tempo todo detalhe por detalhe de cada coisinha, 
mas pode. 

Nos últimos momentos de Jesus ainda vivo em carne na Terra, nada 
acontece. Tudo parece absolutamente normal, natural, previsível, 
até mesmo sem graça se é que podemos dizer isso. Ele vai morrer, 
está por um fio. Nada muda, nada ocorre. Mas quando Ele rende o 
espírito e se vai, seu corpo sem vida fica desfalecido pendurado 
naquele madeiro, naquela cruz, um evento climático e sobrenatural 
acontece como descrito poucos versículos antes. E não 
coincidentemente, com Ele ainda na cruz, o centurião e os que 
estava ali reconhecem ser Ele o filho de Deus. O texto menciona 
que foram tomados de grande temor. 

Isso para mim é revelação: algo que poucos minutos ou segundos 
atrás era normal ou natural e de repente se "revela" sobrenatural, 
anormal, acima da expectativa, imprevisível - e esclarecedor. Neste 
caso foi a confirmação de que Jesus, o Nazareno, era o Filho de 
Deus, o Messias esperado. Lindo, para dizer o mínimo. 

A nós, em nosso tempo, está reservado entender com mais fé, pois 
não podemos reviver momentos como este. Temos muita coisa 
que os israelenses contemporâneos de Jesus não tinham: temos 
a Bíblia, temos estudos, temos os idiomas, temos o Espírito 
Santo que foi derramado depois disso, temos todo um histórico 
de vida com Deus para conviver e reviver. Mas não podemos ver 
com os olhos Jesus morrendo e a terra sendo abalada. Temos de 
ter mais fé (menos visão) mas temos até mais elementos. Por isso 
valorizo tanto a cruz como símbolo, como memorial, como forma 
de conectar minha fé racional com minha fé espiritual. Eles viram, 
eu li. Eles vivenciaram, eu creio. Eles sentiram temor, eu sinto temor. 

A cruz foi apenas um suporte físico para Jesus ali naquele momento, 
mas continua sendo representativo para o momento da revelação de 
Jesus como Filho de Deus e note a expressão "verdadeiramente". 
Ela denota que eles já sabiam disso, mas não aceitavam ou não 
reconheciam. Assim como muitos em nosso tempo, de tantas 
religiões, crenças, fés e faltas de fé - tantas tribos, povos, raças e 
nações... tantos ainda olham para um homem natural, beirando a 
morte, filho de carpinteiro, para alguns um agitador arruaceiro, 
para outros apenas mais um lunático, para outros tantos uma 
incógnita. 

A cruz foi, no sentido espiritual, a lâmpada que se acendeu com a 
morte do verdadeiro Filho de Deus, como um farol que direciona os 
barcos em uma viagem cheia de neblina. A morte de Jesus na cruz 
foi a faísca que acendeu a luz. Eu? Eu creio por que assim como 
aqueles guardas vi o suficiente para ter revelação. Você? Talvez 
ainda precise um pouco mais de clareza. Ele? Morreu, ressuscitou, 
está vivo e voltará (quiçá, em breve).

"Senhor, obrigado por tão maravilhosa revelação dada na cruz do 
Calvário sobre a autenticidade de Jesus como Teu Filho. Agradeço 
por me permitir entender essa revelação mesmo sem ter vivido 
naquela época."

Mário Fernandez do site http://www.ichtus.com.br.

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