“O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas
boas com quem o instrui.” (Gálatas 6:6)
Quanto mais eu trabalho com pessoas mais me impressiono como
gratidão e reconhecimento para com os atos de outrem é algo pouco
usual. A maioria das pessoas, pelo menos aquelas com quem
convivo, resiste a agradecer e resiste a reconhecer quando alguém
fez algo melhor do que ele mesmo faria. Penso que isso pode ajudar
a explicar a dificuldade que alguns cristãos contemporâneos têm
para louvar a Deus de maneira autêntica e profunda.
O versículo citado mostra um tipo de gratidão com muito mais do
que palavras, com atitudes de partilhar. É como ter um mestre e
partilhar suas conquistas com ele. Parece mais coisa de samurai de
filme do que de cristão, mas não é. Ao encontrar alguém disposto a
me ajudar e me instruir, devo com ele compartilhar minhas
conquistas, vitórias, alegrias e progressos. Essa figura pode ser
um amigo próximo, um professor de escola bíblica, um pastor, um
líder de célula e mesmo os familiares (pai, avô, irmão mais velho,
primo, etc).
No contexto da igreja em que convivo esse papel é ocupado pela
figura do discipulador, que é alguém designado para me
acompanhar, auxiliar, aconselhar, direcionar, interceder e também,
por que não, me instruir. Costumamos dizer que o discipulador
tem uma única missão “ser um facilitador para que o discípulo
chegue onde Deus o quer no tempo de Deus”. É lindo, só não é
fácil.
Uma vida marcada por novidades em Cristo precisa ser, e é, uma
vida diferente da maioria do que se pode rotular de normal. No
mundo dos negócios eu posso omitir gratidão, mas no Reino de
Deus não.
Como posso partilhar todas as coisas boas com quem me instrui?
Vejo algumas formas bem patentes, além de simplesmente falar do
que está indo bem. Posso repartir com ele o que aprendi e talvez
ele não saiba, posso repartir com ele os frutos do meu trabalho,
posso elogiá-lo e reputar ao seu ensino o meu sucesso, posso
levá-lo junto numa viagem, posso levá-lo a participar de
momentos de honra para mim, posso indicá-lo para outras
pessoas, posso reconhecer em público sua contribuição para meu
sucesso, devo orar por ele e COM ele, posso até mesmo comprar
algum presente para ele.
Na verdade, nada disso tem o menor sentido, seja o ato que for, se
não for o reflexo de um sentimento de gratidão externado. Eu creio,
no meu coração, que por falta dessa atitude temos menos mestres
do que poderíamos ter. Isso eu acho lindo no Reino de Deus: não
basta fazer a coisa certa, do jeito certo, no tempo certo, para a
pessoa certa – se eu não fizer pelos motivos certos e com o
sentimento certo, perde o valor.
As pessoas só vão perceber diferença no povo de Deus, para
melhor, quando nós demonstrarmos uma novidade de vida
refletida em nossos atos que são motivados pelo amor. Amar um
mestre é também repartir com ele nossas coisas boas.
“Senhor, não permita que eu omita a gratidão para com aqueles que
tem servido de mestre para minha vida. Me ensina a derramar
gratidão sobre a vida deles para com isso ser grato a Ti. “
Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.
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