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"Publicai entre as nações a sua glória, entre todos os povos
as suas maravilhas" (1 Coríntios 16.24).
O velho senhor Amadeu ganhava a vida revendendo sapatos.
Desde bem cedinho ele colocava sobre os ombros algumas
varas cheias de sapatos amarrados uns aos outros e partia,
percorrendo os bairros da cidade.
Havia uma enorme variedade de calçados: grandes, pequenos,
coloridos, pretos ou brancos, que se balançavam de um lado
para outro, enquanto o vendedor transitava pelas ruas,
gritando alegre e jocosamente: "Olha os sapatos! Sapatinhos
lindos! Quem deseja comprá-los? Os preços são ótimos."
Determinada manhã, uma alegre garota sentou-se junto ao
portão de sua casa, à espera do vendedor de sapatos. Aquele
era o dia do seu aniversário! Segurava em sua mãozinha,
muito bem apertado, o dinheiro que sua mãe havia separado
por tanto tempo para este fim. De repente, surge numa das
esquinas o velho senhor Amadeu, caminhando sem pressa
e gritando como sempre fazia: "Sapatos, sapatinhos lindos!
Quem vai comprar?" E, passo a passo ele se aproximava do
portão, onde ansiosamente a menina o aguardava. Ao vê-lo bem
perto, ela correu para ele.
--Bom-dia!--falou o vendedor.--Você quer comprar sapatos hoje?
Antes de qualquer resposta, a mãe da garota chegou para
ajudá-la na escolha. Olharam todos os pares, experimentaram
vários, até que a menina decidiu optar por um de verniz
preto. Efetuou-se então a compra e o senhor Amadeu seguiu o
seu caminho, enquanto a garota transbordava de satisfação.
Sentada já na sala, ela quis colocar os sapatos e dar ali
uma voltinha. O primeiro serviu direitinho, mas quando foi
tentar calçar o outro pé, não conseguiu fazê-lo entrar...
Notou que alguma coisa estava impedindo que o pé coubesse
dentro do sapato. A menina meteu nervosamente a sua mãozinha
e retirou um papel bem dobrado, que havia sido colocado na
ponta do sapatinho. O que seria? A mãe julgou tratar-se de
uma nota sobre o valor do calçado, mas ao abri-lo verificou
que não era aquilo que estava pensando. Havia, naquele
pedaço de papel, a figura de um anjo e de alguns pastores no
campo, guardando os seus rebanhos. Embaixo da figura, lia-se
a seguinte inscrição: "Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).
Que palavras mais lindas, porém tão estranhas para nós,
disse aquela mãe. Foi então que as duas ficaram esperando,
ansiosamente, que o velho senhor Amadeu passasse de novo por
ali e lhes explicasse a respeito das palavras e da história
que a figura indicava, que tanta curiosidade lhes causou.
Mas foi só na semana seguinte que o encontro aconteceu.
O vendedor de sapatos, na sua simplicidade, porém tão cheio
de experiências com o Pai, apresentou àquela mãe e também à
pequena menina a maior e mais preciosa dádiva de Deus aos
homens--Jesus Cristo, seu Filho, "para que todo aquele que
nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."
Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado:
http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/
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