"Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição
em nosso lugar, pois está escrito: 'Maldito todo aquele que for
pendurado num madeiro'." (Gálatas 3:13)
No Brasil a maioria das pessoas consegue entender um jogo de
futebol, o que em outras partes do mundo talvez seja melhor
exemplificado por outro esporte coletivo. Chamou-me a atenção
o Espírito Santo certa vez ministrar ao meu coração sobre outros
esportes no qual não há substituição: tênis, atletismo, boxe,
ping-pong, fórmula-1. Veio-me claramente o entendimento que
pretendo repartir aqui. Mesmo se o esporte for muito individual
como uma luta de boxe, ou totalmente coletivo como o basquete
- sempre há uma equipe de retaguarda. Há treinadores, técnicos,
médicos, nutricionistas, patrocinadores e tantos outros. Quando
Jesus foi para a cruz "sozinho" ele não estava jogando um jogo
solitário. Havia legiões de anjos servindo-o, havia discípulos
tomando nota para registrar nas Escrituras, havia pessoas
acompanhando... Não se trata de estar ou não estar só, mas de
ser quem deve fazer o que deve ser feito.
Jesus não poderia ser substituído na cruz, só Ele poderia ter feito
o que Ele fez. Talvez (estou conjecturando) anjos se tenham se
enfileirado se oferecendo para trocar de lugar com Ele. Talvez
algum discípulo mais desprendido tenha cogitado fazê-lo. Mas
não era possível, pois só Ele poderia ir para aquela cruz. A cruz
não era para Ele, mas só Ele podia encará-la.
O mistério que precisamos revelar é que a crucificação de Jesus,
com base no texto acima, já era uma substituição. Era eu quem
deveria estar lá. Sim, só Jesus poderia ter ido para a cruz por que
ninguém suportaria, ninguém seria bom o suficiente, ninguém
mais serviria como propiciação. Ele me substituiu e te substituiu
naquela cruz, não havia outro que pudesse fazê-lo. Mas isso não
se refere unicamente a morrer em meu e em seu lugar.
Não importa o quanto isso pareça ter pouco valor na sua vida,
não importa o quanto seja esquisito olhar para Jesus na cruz e
se imaginar ali. Aquela cruz não era para Jesus, era para nós.
Ainda que outro quisesse (se é que alguém o fez) ninguém
poderia substituí-lo pois Ele já era o substituto.
A troca foi mais do que uma morte física, foi assumir uma
pesada conta a ser paga, a conta da maldição. E isso, como se
fosse pouco, ainda foi potencializado pelo fato de ser uma
substituição voluntária, dada pela necessidade de nos livrar
dessa maldição. Jesus se tornou maldição em nosso lugar,
não "apenas" morreu em nosso lugar, Ele fez um sacrifício
voluntário de se tornar maldito por minha e por sua causa.
Quem suportaria tamanho peso além Dele?
Temos de entender que mesmo que Jesus não estivesse só,
era o único que poderia fazer o que fez. Na cruz acabou a
maldição da lei que pesava contra nós, acabou o peso que
nos impedia de prosseguir, acabou o jugo, acabou a
servidão. O meu preço foi pago e Jesus foi que pagou.
Se aquela cruz fosse uma substituição de morte já seria algo
sobrenatural, mas foi além disso. Anulou a maldição da lei
sobre a minha vida. Substituiu todo peso da lei que havia em
cima de meus ombros. Assumiu a minha culpa, pagou o meu
preço, recebeu a minha maldição. De que adiantaria morrer em
meu lugar, se eu tivesse de carregar ainda em vida a maldição
da lei?
Se isso não for motivo suficiente para darmos aleluias ao Rei
dos Reis, sinceramente não sei o que fazer.
"Senhor, ajuda-me a perceber que ao morrer em meu lugar Teu
Filho me livrou de mais do que da morte, me livrou de uma
vida amaldiçoada. Te agradeço de todo meu coração."
Mário Fernandez, do site ww.ichtus.com.br