13 de março de 2013

M U L H E R E S I V

“Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou
primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de
que também habita em ti.” ( 2 Timóteo 1:5)

Timóteo era o discípulo amado de Paulo, que certamente é o
personagem neotestamentário de maior destaque depois de Jesus
de Nazaré. Mas este versículo nos mostra que o rapaz vinha de
uma linhagem de pessoas de fé que mereceu registro bíblico.
Desde sua avó Lóide, este jovem Timóteo recebeu uma importante
herança para sua vida espiritual – uma fé não fingida.

Quero destacar aqui o quanto uma mulher pode mudar o destino
e a história de sua descendência. Esta irmã, Lóide, conseguiu que
sua filha Eunice herdasse esta mesma fé não fingida, e esta, por
sua vez, foi a mãe de Timóteo. Só quando chegarmos na glória
entenderemos plenamente a importância da vida deste homem
para a propagação do evangelho no seu tempo e na sua geração,
pois hoje temos remotos relatos bíblicos. Se fôssemos analisar
somente pelo que já sabemos, esse Timóteo já seria
suficientemente destacado para ser considerado acima da média.

Agora pense comigo: se uma fé não fingida pode ser herdada, por
que as outras virtudes espirituais também não? Por causa da irmã
Lóide, podemos aprender claramente que as mulheres também
podem e devem ocupar um papel de destaque na formação
espiritual dos homens. Nada que desmereça o papel masculino,
que na Bíblia é dado como sacerdote da família, mas a mulher
contribui para a herança de seus filhos e netos. Isso nos leva a
crer que tanto o bom como o mau testemunho de pais e avós
impactam a vida das crianças, seja de forma positiva ou negativa.
Lóide nos ensina silenciosamente, no seu quase anonimato
histórico, que vale a pena ter fé, vale a pena sim investir nos filhos
e filhas.

Se não fosse por Lóide, será que Paulo teria a Timóteo para
discipular? Não temos como saber. Mas certamente, se não fosse
por essa fé tão genuína, não seria Timóteo o homem que se
tornou até onde sabemos.

“Senhor, ensina-nos a reconhecer o papel de nossas mães e avós
na herança do nosso espírito. Obrigado por que o Senhor fala
com elas e usa-as para nos abençoar.”

Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.