27 de abril de 2015

Cruz – Crucificação

"mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso 
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim 
e eu para o mundo." (Gálatas 6:14)

Eu já li esse versículo uma centena de vezes. Mas ele nunca tinha 
saltado aos meus olhos desta forma, admito. A cruz de Cristo 
serviu para, pasme, crucificar. 

Às vezes a gente complica coisas que são tão simples, tão singelas, 
tão elementares. Não há o que dizer, não há argumentos, não há 
filosofia ou pensamento secundário. Pela cruz somos crucificados. 
Paulo escreveu isso aos irmãos Gálatas com tanta clareza e 
simplicidade que me envergonho de não ter percebido antes. 

Pense comigo: era necessário morrer para apagar o meu pecado 
diante do Pai. Aliás, era uma lista de pecados que pesavam contra 
mim cujo preço era a morte. Jesus de Nazaré encarou a bronca, foi 
para a cruz no meu lugar. Portanto, o mundo está crucificado para 
mim e eu para ele. Ou seja, pela cruz eu sou crucificado. Simples 
assim. 

O que eu preciso é apenas olhar para esse mundo, suas tentações, 
seus apelos, seus chamados, suas alegrias, seus convites - e dizer 
não, pois ele está crucificado para mim. Se eu morri naquela cruz 
juntamente com Cristo, não tem mais o que negociar. Não preciso 
pensar nem argumentar. Meu ego, minha vontade, minhas opiniões, 
meus desejos, minhas paixões... tudo foi crucificado, pois 
pertencem a este mundo. 

O que talvez muitas pessoas custem a compreender, ou se neguem 
a aceitar, é que a cruz não é uma troca da morte de um pela vida de 
outro. Leia atentamente o livro de Levítico e veja que a justiça de 
Deus é baseada em equilíbrio: Vide "olho por olho, dente por dente". 
Portanto, a morte de Jesus na cruz é morte na cruz para mim e para 
você. A única troca é que Jesus precisou morrer fisicamente naquela 
cruz para ressuscitar glorificado, enquanto que nós morremos 
naquela cruz para este mundo e não fisicamente. Morre nosso ego, 
não nossa biologia. A seu tempo, obviamente, nosso corpo também 
morrerá. O mais lindo disso tudo é que eu posso aceitar isso ou não, 
mas a minha decisão não mudará os fatos. Jesus morreu por mim e 
o que "devo" a Ele é estar crucificado para esse mundo. É um 
sacrifício diferente, mas não deixa de ser um sacrifício. 

Dias atrás eu conversava com um cliente em sua empresa, um 
homem bem sucedido financeiramente com seus 73 anos de idade. 
Ele me disse "eu passei dos 70 estou no lucro". Eu retruquei "eu 
passei dos 19, estou no lucro". A estranheza dele me permitiu explicar 
que me converti aos 19 anos, quando fui crucificado para este 
mundo. Eu trabalho para ter sustento, não é o que dá sentido para 
minha vida. Se sou engenheiro, médico, jardineiro, motorista, 
bancário, pastor - é apenas um trabalho. A minha vida tem sentido 
naquela cruz, onde fui sentenciado a morrer para este mundo e viver 
eternamente no Reino de Deus. 

Simples, completamente simples. Um morreu por mim, eu morro para 
o mundo, o mundo morre para mim. Chame como quiser. É simples.

"Senhor, ajuda-me a compreender a simplicidade de focar minha vida 
em Ti e no Teu Reino. Crucificar minha vontade e minhas opiniões é 
doloroso, mas é menos do que Jesus fez por mim."

Mário Fernandez, do site:  http://www.ichtus.com.br.

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