9 de janeiro de 2025

Ombudsman

Examine cada um a si mesmo e, então, coma do pão e beba do cálice (1Co 11.28).

Leitura Bíblica: Salmo 139.1-3,23-24 

A figura do ombudsman surgiu em 1809, na Suécia. Essa palavra, na língua sueca, significa “aquele que ouve o povo”, ou seja, designa o cargo criado na corte para ser ocupado por alguém que representasse a população. Seria uma voz crítica ao governo, que pouco pensava nas questões relativas às necessidades dos mais simples. Atualmente, o termo é usado para identificar o elo entre empresas ou governos para que as opiniões e sugestões dos clientes cheguem aos interessados. Há muita resistência, é óbvio, pois não se sabe lidar muito bem com as críticas. Para se ter uma ideia, a figura do ombudsman só começou a aparecer nas empresas jornalísticas nos anos 1960 e, aqui no Brasil, apenas a partir dos anos 1990. Esta é a tarefa do ombudsman em um jornal: ouvir durante a semana avaliações de seus leitores e publicar no domingo um texto apontando as principais falhas do próprio jornal. 

Isso mostra como o ser humano tem dificuldade em receber críticas! Ninguém fica à vontade quando seus defeitos são expostos, mas essa pode ser uma terapia saudável. Primeiro porque mostra para si e para os outros que todos somos seres humanos normais e limitados. Precisamos, vez por outra, dessa vacina contra o complexo de onipotência que assola cada indivíduo. Também porque, ao ouvir uma crítica, há um aspecto importante que talvez tenha escapado. Ao contrário do que se pensa, submeter-se ao julgamento das pessoas não demonstra vulnerabilidade, mas maturidade. Proceder uma autoanálise, portanto, seria uma ação positiva no processo de (re) humanização. 

Vamos tentar esse exercício diário. Sejamos o ombudsman de nós mesmos! Melhor ainda: deixemos que o Senhor onisciente nos analise, como o salmista orou: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende e dirige-me pelo caminho eterno” (vs. 23-24). 

A Palavra de Deus é o instrumento que o Espírito Santo utiliza para nos mostrar o que precisa ser  corrigido. 

Gilberto Gedaías Alves, Sumaré/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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