6 de julho de 2022

Agora vejo!

Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo! (Jo 9.25b) 

Até hoje, o ser humano continua igual ao que era nos dias de Adão. O primeiro homem não quis reconhecer sua culpa, e por isso tinha uma justificativa pronta quando Deus o confrontou com sua desobediência. Os costumes, a ciência e a cultura mudam, mas as pessoas continuam as mesmas. 

Jesus e seus seguidores tinham encontrado um homem cego de nascença. Em vez de mostrarem compaixão, os discípulos quiseram debater uma questão filosófica: a ideia de que o sofrimento é resultado de pecado (próprio ou de algum antepassado). Para mostrar que o importante em qualquer situação é reconhecer a glória de Deus, Jesus cura o homem. 

Após a repercussão dessa cura, os líderes religiosos queriam acusar Jesus de quebrar os mandamentos de Deus, por ter “trabalhado” no sábado. Sendo doutores da Lei e julgando-se fiéis às ordens divinas, já haviam decidido em seu íntimo que “pecador” certamente era aquele que agia de forma diferente deles. Ao não reconhecer sua própria culpa pela incredulidade, também rejeitavam a ideia de que precisavam de reconciliação com Deus. Por isso, ficaram indignados com o ex-cego que reconheceu a divindade de Jesus e expulsaram-no da sinagoga, revelando assim sua própria cegueira diante dos fatos. E, como insistir na incredulidade só piora o indivíduo, mais tarde acabaram por condenar Jesus à cruz. 

Ser confrontado com Jesus, suas palavras e sua obra, revela nossa verdadeira condição. Na leitura bíblica, Jesus deixa claro que submeter-se a Deus e crer nele é ser curado da cegueira espiritual. Por outro lado, quem se acha muito capaz e entendido no fundo só está enfatizando sua falta de visão e compreensão a respeito da realidade do Senhor. Ele deseja nos levar a reconhecer nossos erros, para depois dirigir nosso olhar para a cruz, onde podemos ver que a morte de Cristo produz reconciliação com Deus para nós. Você consegue enxergar isso? 

O pior cego é aquele que não quer ver – especialmente do ponto de vista espiritual. 

Manoel de Jesus Thé, São Paulo/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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