"Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam
o que eles fazem, pois não praticam o que pregam." (Mateus 23:3)
Os fariseus dos dias de Jesus na Terra eram os religiosos, os líderes
eclesiásticos, os obreiros - enfim, aquilo que hoje conhecemos como
liderança religiosa. É um paralelo, obviamente, pois eles viviam pela
Lei Mosaica e nós vivemos na direção do Espírito movidos pela
graça. Mas é um paralelo válido, pois Jesus assim se referiu a eles.
Mas note, por mais que legalmente eles fossem as pessoas certas,
soubessem as palavras certas, tivessem o ensino certo,
conhecessem o Deus certo, não tinham, porém, o caráter correto e
por isso suas atitudes não deviam ser imitadas.
Interessante que muitas vezes, nos nossos dias, ficamos rotulando
pessoas pela roupa que usam, pelas tatuagens que têm, pelas
atitudes erradas, pelas manias feias... Falo por mim, pois eu me
pego julgando as pessoas assim, embora eu saiba claramente que
não sou juiz de ninguém. Isso é um erro, pois Jesus deixou claro
que seus ouvintes deveriam obedecer aqueles líderes da época,
embora não deveriam imitar suas práticas. Curioso isso. Me
ensinaram que devo dar crédito a quem tem moral para falar o que
fala, quem dá bom exemplo, quem tem respaldo e respeito para
estar à frente. Mas me questiono agora se isso não é um engano
ou uma meia verdade, pois aqui foi palavra do Senhor.
É nadar contra correnteza, mas estou disposto a mudar meu
pensamento e focar no ensino e não no ensinador. Se eu tiver
discernimento para saber que é de Deus, pouco importa o nível de
imperfeição do comunicador, afinal de contas totalmente perfeito
só houve um e foi parar numa cruz! Não estou arregimentando
uma legião de seguidores dos picaretas, por favor. Não vou andar
um passo atrás de alguém a quem eu não respeite, mas por favor
vamos deixar o julgamento para Deus. Vamos ter novidade de vida
suficiente dentro de nós para separar as coisas e quando formos
expostos a um ensino (como foi o exemplo deste versículo)
julguemos a palavra e o ensino, não o ministrador.
Isso me faz aprender algumas coisas: às vezes o vaso imperfeito
terá um recado perfeito; o vaso não estraga o ensino; não devo me
contaminar com o pecado do fariseu; devo obedecer se for de Deus
independente do vaso...
Meus queridos, tem versículos que parecem que não estavam lá até
ontem, esse talvez seja um deles. Minha meditação pessoal agora
é: estarei eu sendo usado por Deus em determinadas circunstâncias,
apesar de minhas atitudes não serem imitáveis? Sou eu referência?
Sirvo de exemplo no que ensino?
Quero dissipar a polêmica: se o vaso for irrepreensível o recado
será recebido com mais facilidade e essa repreensão de Jesus não
se aplicará. Assim quero chegar a viver, assim quero estar diante do
meu Deus. Só há polêmica quando há divisão... Se o recado e o
mensageiro forem compatíveis não tem polêmica.
Deus nos abençoe.
"Senhor, me permita crescer diante de Ti para me tornar um exemplo,
ainda que imperfeito, para que Tua Palavra seja aceita e Teu nome
glorificado."
Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br
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