23 de maio de 2025

Cartas

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus (Mt 5.9).

Leitura Bíblica: Mateus 18.15-20 

Depois de quase três anos, ainda sofrendo a ausência e a saudade, resolvi abrir algumas caixas que continuavam no mesmo lugar, lacradas, esperando coragem para fazer a varredura. A primeira que abri foi a de meu marido. Nela, encontrei documentos, fotos, objetos pessoais, que foram colocados ali, apressadamente, no caos da mudança. Encontrei também nossas cartas, trocadas enquanto namorávamos. Para ser sincera, a maioria fui eu que enviei. Como sempre, ele não gostava muito de escrever e, até o fim da vida, preferia conversar falando ao telefone, sem áudios e sem textos. Tantas cartas demostravam um amor juvenil, crendo, literalmente, no “felizes para sempre”, mas uma delas mais séria foi escrita e enviada depois de um desentendimento. Ali, eu reconhecia meu erro, fazia drama, assumia toda a culpa, mesmo sabendo que não era só eu que tinha errado. 

Fiquei alguns dias na espera. O correio era lento; a cidade, distante; e a ansiedade, grande. Já estava considerando o namoro terminado quando a campainha tocou em determinada noite, e ali estava ele, pronto para se desculpar, assumir sua parte no conflito e se reconciliar. Talvez, se fosse hoje, tudo estaria acabado com uma mensagem instantânea no momento da raiva. No entanto, o tempo me fez pensar, pesar os prós e os contras e assumir a minha parte na confusão. 

Como seria bom se refletíssemos sobre os nossos atos antes de mandar uma flecha certeira no coração do namorado, noivo, marido, amigos ou familiares. Hoje, no mundo online, temos pressa em falar e nos fazer ouvir, e somos lentos para escutar o outro lado. Por isso, acabamos criando tumulto, pois até a “mensagem apagada” deixa margem para especulações. É difícil, mas precisamos tentar nos conter, perdoar sempre e abrir a porta para o sorriso do Senhor, buscando a reconciliação, muitas vezes, com o próprio Deus e, outras, com o nosso próximo. 

“O insensato revela de imediato a sua frustração, mas o homem prudente ignora o insulto” (Pv 12.16). 

Zelene Reis, Itapeva/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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