29 de maio de 2015

Cruz – Fiança

"e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que 
nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo 
despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo 
público, triunfando sobre eles na cruz." (Colossenses 2:14-15)

Eu moro de aluguel há muitos anos, e sei bem certinho o que é um 
fiador. Já fui fiador também. Fiador é aquele que, se tudo der 
excepcionalmente certo, não ganha nada. Qualquer coisa que der 
errado, por simples que seja, ele perde. Não tem qualquer ganho 
previsto ou vantagem, é quase um desaforo. Assim fez Jesus por 
nós naquela Cruz, sendo nosso fiador de uma dívida impagável, 
que custaria nossa morte e nos condenaria ao inferno. 

Ter um fiador só faz diferença quando não podemos pagar a conta, 
pois se tudo corre dentro da normalidade o fiador é dispensável. 
Louvo a Deus por homens e mulheres que assinaram por mim nos 
tempos em que precisei deles, mas me alegro mais ainda de nunca 
ter colocado nenhum deles em enrosco financeiro ou cadastral, 
para Glória de Deus. Se as contas estão em dia o fiador 
simplesmente consta presente mas não comparece. Mas, e o que 
dizer do débito do nosso pecado diante do Pai? Era, é e sempre 
será impagável - sem fiador, é processo perdido. 

Sem entender estes conceitos a mensagem da cruz pode passar 
simplesmente como algo simbólico ou meramente histórico. De fato, 
para alguns pensadores e estudiosos a crucificação de Jesus não 
passou de um fato contemporâneo ao seu contexto histórico. Não 
desmereço suas opiniões, respeito-as, mas acho que vai mais além. 
O fato está na morte expiatória e não em dois pedaços de pau em 
forma de cruz; está na humilhação e não no formato; está no ato 
de fiança e não na "morte" em si. Fato: sem morte não haveria 
pagamento da fiança pois este é o preço, mas não confundamos as 
coisas pois se houvesse outra forma, outro preço, outra maneira – 
quem daria seu único Filho por fiador de uma humanidade inteira? 

Notemos que não podemos tirar os olhos da cruz, pois ela é o 
símbolo máximo e suficiente dessa quitação de dívida. Como 
simbologia, nada pode superar sua simplicidade, sua eficiência, sua 
objetividade, sua representatividade. Foi assim que Deus quis... Se 
Jesus fosse morto pelos nossos pecados apedrejado (condenação 
comum na época para crimes religiosos), o que teríamos para nos 
referenciar? Um túmulo vazio? Um corpo ressurreto? Uma pilha de 
pedras? Não importa, temos a cruz. Sendo nossa carta-fiança, Jesus 
foi suficiente, foi o bastante. Portanto, tendo em mente que jamais 
em qualquer tempo, nem que qualquer modo, poderíamos quitar 
essa dívida de pecado contra o amor do Pai. Só com um fiador. E o 
fiador, meu querido leitor, quis fazer do jeito que fez - pela cruz.

"Senhor, obrigado por providenciar uma forma de quitar minha divida 
pois eu por mim mesmo jamais poderia fazê-lo. Me ensina a valorizar 
esse tão grande sacrifício em meu favor."

Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.

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