4 de maio de 2015

Cruz – Glória

"mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso 
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim 
e eu para o mundo." (Gálatas 6:14)

Mas afinal de contas, o que é glória? O que é gloriar-se? 

Os dicionários que consultei falam em brilho, esplendor, alguns 
falam em virtude reconhecida, outros falam em renome, dignidade. 
Talvez um bom resumo disso seja que glória é qualquer coisa que 
me faça sentir destacado ou reconhecido. Seja o que faz de mim 
diferenciado dos demais. Poderíamos dizer que é o que coloca em 
patamar diferenciado, elevado, acima. 

Usando de um português quase tosco de tão simples, podemos 
dizer que gloriar-se é sinônimo de "se achar", seja isso merecido ou 
não, pois todas as referências que encontrei são claras ao dizer que 
a glória é inerente e independente de mérito. Por exemplo, um rei 
tem glória real independente de merecer ser rei ou não - ele pode ser 
simplesmente um herdeiro que nunca fez nada para merecer estar 
ali, mas está de qualquer forma. 

Olha só que coisa maravilhosa - se eu tenho motivo para "me achar" 
é na cruz, onde fui crucificado para esse mundo por meio de Jesus 
de Nazaré, o Cristo de Deus. Só posso me orgulhar, brilhar, me 
exaltar, daquilo que nem sou eu que sou, mas Ele que fez. É maluco 
como tudo do Reino de Deus, mas funciona. 

Se mais de nós entendêssemos isso certamente o mundo seria outro, 
pois o tempo que gastamos nos combatendo, divergindo, discutindo, 
tentando estar certos... esse tempo todo poderíamos estar adorando, 
compartilhando nossa fé, olhando para o alvo, nos aperfeiçoando, 
crucificando nossa carne. A cruz tem um papel de nos colocar em 
nosso devido lugar, nos dando toda glória e honra que nos são 
devidos - nenhuma. Isso mesmo, nenhuma glória, nenhuma honra, 
nada de nada. A Jesus Cristo pertence toda glória, toda honra e 
toda exaltação possível. 

Note que o papel da cruz na vida prática de um cristão vai além do 
que se poderia chamar de teologia. Não é uma questão de estudo, de 
entendimento, de compreensão, é apenas uma questão de sujeição. 
Eu devia ter morrido, Jesus morreu no meu lugar. Eu morro para o 
mundo, o mundo morre para mim. Cruz. Lugar de morte, lugar de 
sacrifício, lugar de entrega. Na prática é assim, eu não posso "me 
achar" por que não mereço, não tenho brilho ou glória nenhuma. 
Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz. Longe de mim achar 
que sou algo, exceto pelo que aconteceu naquela cruz. Longe de 
mim ter brilho ou destaque. 

Ouvi uma frase anos atrás dizendo "onde brilha o sol da justiça não 
há lugar para estrelas". Tente contar as estrelas do céu num dia 
ensolarado e entenderá. Jesus é o Sol da Justiça, no Reino Dele não 
precisa mais luz que isso. Se glória é brilho, só podemos refletir o 
brilho Dele. Glória de crente é cruz. Brilho de servo de Deus é 
reflexo. Espelho tem que andar limpo para refletir, o resto é tudo 
periférico.

"Senhor, obrigado por aquela cruz e por me inserir nela de modo 
substitutivo. Eu fico maravilhado com Teu amor por mim, com a 
liberdade que tenho para Te servir. Me ensina a morrer para 
mundo."

Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.

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