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"Ora, quando na vossa terra sairdes à guerra contra o inimigo que vos
estiver oprimindo, fareis retinir as trombetas; e perante o Senhor vosso
Deus sereis tidos em memória, e sereis salvos dos vossos inimigos"
(Números 10.9).
Existe no condado de Essex, na Inglaterra, uma pequena aldeia
chamada Stambourne. Ainda hoje é possível divisar ali a graciosa sede
do presbitério, plantada entre sebes de madressilvas e rosas, bem à
beira de um riacho. Portanto, uma encantadora paisagem!
No século 17, lá pelo ano de 1662, o piedoso Henry Havers residia ali.
E como aconteceu a tantos outros piedosos daquela época ou que
vieram antes dele, foi-lhe também necessário abandonar a sua casa
por causa da perseguição movida pelos inimigos da boa semente. No
entanto, embora em fugas constantes Henry continuou a anunciar o
evangelho do Senhor Jesus, semelhante ao que fizeram outros
perseguidos e com a mesma heroicidade. Prosseguir no glorioso afã
de fazer conhecido o nome de Cristo não era nada fácil. A vida errante
imposta pela situação o expunha continuamente a grandes e graves
perigos.
Entretanto, era-lhe gratificante sentir a mão de Deus socorrendo-o nos
momentos de apertos e livrando-o das mais embaraçosas
circunstâncias. De fato, o Mestre a quem ele servia caminhava ao seu
lado e muitas vezes o livrava, quase que milagrosamente, de
sofrimentos e até mesmo da morte.
Certa manhã, os vizinhos do recanto, onde se ocultara da perseguição,
vieram preveni-lo de que um reforçado pelotão de dragões andava à
sua procura e que já não vinha muito distante. Não restava mais tempo
suficiente para que Henry Havers selasse o seu cavalo para fugir
cavalgando. Era necessário então descobrir urgentemente algum lugar
por ali mesmo, onde ele pudesse se esconder e se proteger da nova
investida do inimigo.
O único lugar encontrado, onde lhe era possível refugiar, foi numa
velha e abandonada quinta. Correu então para lá e, sem mais tempo
de escolher um lugar considerado discreto e seguro, Henry meteu-se
no interior do forno que estava vazio. Mal se acomodou dentro dele e
uma aranha trepa em seguida e põe-se a tecer velozmente uma teia na
boca do forno, tapando-a completamente. Já se ouvia então a vozeria
dos soldados que se aproximavam, porém Henry não se sentiu
amedrontado. Entregou-se aos cuidados e proteção do Senhor; que a
sua vontade fosse feita ali...
--Camaradas--grita um dos soldados--não é necessário procurá-lo aqui.
O patife não teria podido entrar nesse forno sem ter arrebentado a teia
de aranha! Vamo-nos para outras bandas.
Diante da informação toda, a soldadesca afastou-se sem que ao menos
pudesse compreender que, quando nos colocamos nas mãos de Deus,
até uma aranha poderá ser usada por Ele para nos proteger e nos
libertar. Assim aconteceu no passado com os seus servos, ainda
acontece hoje e acontecerá também no futuro a todos aqueles que o
buscarem com sinceridade.
Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado:
http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/
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