Cultivando o Altruísmo

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(...) Cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não olhe
cada um somente para o que é seu, mas cada qual  também para o
que é dos outros (Filipenses 2.3b-4)

Um grupo de camponeses desempregados recebeu  da  prefeitura
do seu município alguns hectares de terra à margem de um riacho,
para serem cultivados. Construíram ali seus barracos e se dedicaram
ao trabalho. O tempo ia passando, enquanto  a colônia crescia e se
desenvolvia. Certa ocasião, juntou-se ao grupo uma pequena família.
A  exemplo  dos  demais,  eles fizeram o seu barraco e começaram a
trabalhar.  O  chefe  da casa foi descobrindo vários hábitos do  grupo 
e imitava-os naquilo que lhe parecia proveitoso. Assim,  depois   do
trabalho, sentava-se com os demais para um bate-papo informal.
Esse  recém-chegado  falava  pouco  mas  observava bastante. Certa
tarde em que eles, como de costume, se reuniram, a conversa girou
em torno da família em relação ao seu chefe. Cada um procurava
demonstrar maior autoridade do que o outro. Todos eles ilustravam, 
com fatos, a sua capacidade de chefiar a família, de ser respeitado e
obedecido por ela nas mínimas coisas. Alguns deles já nem pareciam
ser esposos e pais, mas senhores de engenho, capatazes e até meio
carrascos...

O novo vizinho, sensato, equilibrado e sobretudo excelente pai de
família, decidiu entrar também na conversa,  mas  com aquela
sensatez que lhe era peculiar. Apresentou-se então como chefe do
lar, zeloso pelo bom nome da família e respeitado por ela. Até aí, 
parecia ombrear-se com as atitudes dos companheiros e, como
quem os imitava,  ilustrou sua posição dizendo:

--Vejam vocês: sou tão obedecido pela esposa, que, quando chego
em casa após um dia de trabalho pesado,  tomo  banho, janto e em
seguida exijo que ela me prepare uma bacia com água quente; e
posso lhes garantir que em menos de cinco minutos já a tenho
diante de mim.

--Isto é que é ser homem!--aplaudiu um companheiro!

--É desse tipo que as mulheres precisam--dizia outro.

Entretanto, um terceiro, meio intrigado, perguntou sério: --Ora, mas
se você já havia tomado banho, pra que queria uma bacia com água
quente? Foi apenas por uma questão de  exigir e ser obedecido?

A essa altura o vizinho levanta-se, e esboçando um enorme sorriso,
fala calma e Jocosamente após atrair a atenção  dos amigos:

--E vocês acham que eu vou lavar a louça engordurada em água fria?

Um a um, o grupo se dispersou, porém a lição de altruísmo foi dada.

A  Palavra de Deus nos ensina que devemos valorizar, respeitar e
compartilhar das responsabilidades daqueles que conosco convivem.
Cada um dentro da sua capacidade,  procura fazer o seu melhor, a fim
de contribuir para o bem-estar comum. Por esta razão é que cada
tarefa é importante e ninguém é melhor do que ninguém.

Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado:
http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/

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