"e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que
nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo
despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo
público, triunfando sobre eles na cruz." (Colossenses 2:14-15)
Eu moro de aluguel há muitos anos, e sei bem certinho o que é um
fiador. Já fui fiador também. Fiador é aquele que, se tudo der
excepcionalmente certo, não ganha nada. Qualquer coisa que der
errado, por simples que seja, ele perde. Não tem qualquer ganho
previsto ou vantagem, é quase um desaforo. Assim fez Jesus por
nós naquela Cruz, sendo nosso fiador de uma dívida impagável,
que custaria nossa morte e nos condenaria ao inferno.
Ter um fiador só faz diferença quando não podemos pagar a conta,
pois se tudo corre dentro da normalidade o fiador é dispensável.
Louvo a Deus por homens e mulheres que assinaram por mim nos
tempos em que precisei deles, mas me alegro mais ainda de nunca
ter colocado nenhum deles em enrosco financeiro ou cadastral,
para Glória de Deus. Se as contas estão em dia o fiador
simplesmente consta presente mas não comparece. Mas, e o que
dizer do débito do nosso pecado diante do Pai? Era, é e sempre
será impagável - sem fiador, é processo perdido.
Sem entender estes conceitos a mensagem da cruz pode passar
simplesmente como algo simbólico ou meramente histórico. De fato,
para alguns pensadores e estudiosos a crucificação de Jesus não
passou de um fato contemporâneo ao seu contexto histórico. Não
desmereço suas opiniões, respeito-as, mas acho que vai mais além.
O fato está na morte expiatória e não em dois pedaços de pau em
forma de cruz; está na humilhação e não no formato; está no ato
de fiança e não na "morte" em si. Fato: sem morte não haveria
pagamento da fiança pois este é o preço, mas não confundamos as
coisas pois se houvesse outra forma, outro preço, outra maneira –
quem daria seu único Filho por fiador de uma humanidade inteira?
Notemos que não podemos tirar os olhos da cruz, pois ela é o
símbolo máximo e suficiente dessa quitação de dívida. Como
simbologia, nada pode superar sua simplicidade, sua eficiência, sua
objetividade, sua representatividade. Foi assim que Deus quis... Se
Jesus fosse morto pelos nossos pecados apedrejado (condenação
comum na época para crimes religiosos), o que teríamos para nos
referenciar? Um túmulo vazio? Um corpo ressurreto? Uma pilha de
pedras? Não importa, temos a cruz. Sendo nossa carta-fiança, Jesus
foi suficiente, foi o bastante. Portanto, tendo em mente que jamais
em qualquer tempo, nem que qualquer modo, poderíamos quitar
essa dívida de pecado contra o amor do Pai. Só com um fiador. E o
fiador, meu querido leitor, quis fazer do jeito que fez - pela cruz.
"Senhor, obrigado por providenciar uma forma de quitar minha divida
pois eu por mim mesmo jamais poderia fazê-lo. Me ensina a valorizar
esse tão grande sacrifício em meu favor."
Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.
Participe do grupo Devocional um Pouco de Luz.
Para você receber as devocionais de seg/sex em seu e-mail, é só você
clicar no link abaixo e digitar o seu e-mail na caixa da página que
se abrirá. Participe!
http://groups.google.com.br/group/devocional-um-pouco-de-luz/boxsubscribe
Nenhum comentário:
Postar um comentário