"e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que
nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo
despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo
público, triunfando sobre eles na cruz." (Colossenses 2:14-15)
Um aspecto colateral dessa "fiança" trazida por Jesus à nos na cruz,
se refere nitidamente ao senso de endividamento. Na minha geração
que aí está, fica muito claro que a corrupção, o senso de impunidade,
o descaso com as leis, a incompetência, o descontentamento com
as políticas públicas - para não ir além - são fatores comuns e da
grande maioria, não apenas no Brasil mas em diversos países.
Vivemos um momento histórico de instabilidade social e emocional
generalizada. Isso, meu querido, me deixa claro que perdemos o
senso de dívida com Deus.
Por conta destes e outros tantos fatores, nossa humanidade
pós-moderna do século XXI está se achando auto-suficiente e
evoluída, mas estou seguro de que aos olhos de Deus não passa de
um povo "pobre, cego e nú". Obviamente estou generalizando, pois
há sim aqueles cujo mover de Deus em suas vidas faz toda diferença,
para eles e para seus próximos. Mas estou certo e convicto de ser
uma minoria.
Tudo isso me remete à cruz de uma forma clara e direta, no sentido
dela ser o lembrete, a marca, o sinal, o referencial e até mesmo, se
preferir, o símbolo. De quê? De que fomos, estivemos e
continuaremos eternamente endividados. Me permita explicar.
Primeiro éramos devedores a Deus pelo nosso pecado, ou melhor,
pela nossa natureza pecaminosa. Dívida impagável, sentença de
morte. Esta dívida, para todos aqueles que Nele crerem, nos ensina
a Bíblia, está paga. Mas não podemos esquecer que existia essa
dívida; ignorá-la não é sinônimo de eliminá-la.
Depois, por conta da fiança ter sido executada, passamos a dever ao
fiador, Jesus Cristo o Justo, em outra moeda. Se antes era sentença
de morte, agora é uma sentença de vida - mas ainda há uma dívida a
ser saldada. Uma dívida de gratidão a ser paga em liberdade e fé,
para que eu faça por merecer, não a minha salvação da morte pois
esta não se compra com merecimento, mas minha identidade de
salvo, meu nome de salvo, meu legado e herança de salvo.
Resumo este entendimento de uma forma bem simples: Endividado?
Sempre! Condenado? Nunca mais!
Deus nos ensine a viver assim, pois se a Ele entregamos nossa vida,
nossa alma e nosso coração, por que ainda ficamos esperneando
para usá-la como queremos?
"Senhor, obrigado por 'trocar' minha dívida de morte por uma dívida
de gratidão. Esse preço foi muito alto, mas eu não alcanço
compreende-lo. Quero apenas te pedir para me levar além em
gratidão, ainda que eu não mereça."
Mário Fernandez, do site http://www.ichtus.com.br.
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