28 de janeiro de 2015

Novidade de Vida – Reflexo

"de modo que o povo também levava os doentes às ruas e os 
colocava em camas e macas, para que pelo menos a sombra de Pedro 
se projetasse sobre alguns, enquanto ele passava."(Atos 5:15-16)

Eu, pobre de mim, sempre pensava que a sombra de Pedro curava os 
enfermos por causa da unção da vida daquele apóstolo. Dias atrás eu 
ouvia um homem de Deus a quem muito respeito falando sobre isso e 
dei-me conta de que era uma visão míope das coisas. Vamos ao que 
aprendi, para edificação de todos nós. 

Primeiro, sombra não cura. O poder de Deus é que cura e, para isso, 
Ele pode usar qualquer instrumento, seja óleo, medicamento, 
palavras de ordem, sombra, o que quiser. Segundo, sombra, a rigor, 
nem existe, é meramente uma luz interrompida ou encoberta - é aí 
que eu precisava chegar. 

A luz que Pedro interrompeu com seu corpo formando uma sombra, 
não era o sol, mas era o brilho da Glória do Deus Todo Poderoso a 
quem ele servia naqueles dias de forma tão intensa, marcante, 
contundente, relevante, transformadora. Se fosse o sol, nada feito. 
Se fosse o brilho de Pedro, nada feito. Era com certeza o brilho da 
Glória do Pai. 

Agora meu querido e minha querida, medite comigo no ponto que 
coloca este que vos escreve em crise: por que isso não volta a 
acontecer em nossos dias se Deus continua sendo o mesmo? Terá 
se desvanecido a Sua glória? Ou não há mais enfermos para serem 
curados? Ou de fato vivemos outro tempo com outras manifestações? 
Sei lá, mas tem algo na minha cabeça que não para de martelar. Seja 
qual for a resposta, Deus é o mesmo e eu não sou Pedro. Fato: o 
brilho da Glória do Altíssimo deveria ser o mesmo, com ou sem 
sombra promovendo curas. 

Parece que em nossos dias inventou-se uma intimidade com Deus de 
um tipo transitório, efêmero, volátil. Num momento parece que a 
pessoa tocou nas vestes do Senhor e uma hora depois está brigando 
com a esposa. Não sou contra ficar doidão, chorar, rolar no chão, 
pirar, viajar - chame como quiser, sou adepto desde que seja entre eu 
e Deus, sem tropas de seguidores e sem "micos de auditório". Mas 
isso tem que durar. Quando eu entro num estado tão profundo de 
conexão e intimidade, geralmente sofro um apagão que nem lembro o 
que fiz, e passo pelo menos alguns dias no mesmo mover. Não 
consigo entender esse mesmo Pedro cuja sombra era instrumento de 
cura, alguns minutos depois brigando com o frentista porque pingou 
gasolina na lata do seu carro... 

Se queremos empunhar a Bíblia como nosso escudo, alegando ser 
ela nosso código de fé e prática, não podemos nos afastar do brilho 
que provoca a sombra que provoca a cura. Ainda que ninguém seja 
curado dessa forma, devemos ter anseio pelo brilho. Ainda que nada 
de fantástico aconteça deveríamos continuar ansiosos pela Presença 
Dele. 

Vida renovada, novidade de vida é, acima de tudo, uma vida de 
intimidade crescente com o Pai. Creio que o maior desserviço 
prestado ao Corpo de Cristo na Terra ao longo dos séculos foi a 
religiosidade, que no meu conceito consiste em colocar 
procedimentos no lugar de princípios, modos no lugar de essências, 
moldes em vez de resultados e, principalmente, conceitos no lugar 
de intimidade. Levantemo-nos e busquemos ao Senhor.

"Senhor, não quero ser religioso, nem carnal, nem distante de Ti. 
Tua Palavra diz para me aproximar de Ti e quero isso. Ajuda-me a 
aprender Contigo como buscar Tua Intimidade."

Mário Fernandez, do site: http://www.ichtus.com.br.

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