“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer
espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito,
juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.”
(Hebreus 4:12-13)
Este versículo é muito conhecido e tem falado aos corações do povo
de Deus por séculos. Talvez (não quero exagerar) eu em 100% das
vezes ouvi esta citação falando sobre a Palavra de Deus. Levou-me
o Senhor a meditar em outro aspecto.
Tenho convivido nos últimos anos com algumas pessoas que,
falando pelo natural, eu preferia não ter nem conhecido. Não quero
escandalizar ninguém nem parecer insensível a um mundo perdido
e gente pecadora, mas algumas figuras são intoleráveis. Caráter
completamente podre, picaretagem descontrolada, adultério como
estilo de vida, mentira como prática constante, arrogância como
marca registrada, abusos desmedidos, avareza extrema. Mas quem
sou eu para julgá-los? Estou pecando.
Quem julga os pensamentos e intenções do coração? Sou eu por
acaso um tipo de procurador da Palavra de Deus para assumir este
julgamento? Misericórdia. Quero ser mais útil para Deus do que para
mim mesmo.
Ao me deparar com este dilema moral, fico a pensar quantas vezes
eu devo ter me colocado no papel de um deus matusquela,
desqualificado e sem a menor condição de reinar. Devo ter emitido
algum juízo correto, em meio a tantos equívocos. Na prática, isso
me levou a um certo deserto. O deserto de não ganhar todas as
almas que poderia, pois as que aparecem diante de mim são
julgadas em vez de serem amadas. O deserto de perder
oportunidades espirituais e receptividade das pessoas, apenas por
que eu as evito e julgo em vez de amar e ajudar. O deserto de
carregar um peso para o qual não fui chamado e, portanto, não
fui capacitado e equipado para carregar.
Neste momento busco em meu coração uma forma prática, simples
e direta de reverter este quadro. Preciso urgentemente de um meio
de mudar meu coração de tal modo que a Palavra de Deus passe a
ser em mim, interiormente, algo superior à minha opinião e vontade.
Ela separa alma e espírito e, portanto, é ela que vai separar o
natural (alma) do sobrenatural (espírito).
Novidade de vida é viver em busca de uma vida que agrade mais a
Deus hoje do que agradou ontem, o que certamente implica mudar
de atitude diante da Palavra de Deus. Pela Palavra de Deus eu posso
discernir as coisas, portanto devo admitir que preciso dela mais
do que pensava. Dependo dela de forma mais prática do que
imaginava. Devo ser mudado por ela mais do que admito.
O desafio imediato consiste em parar de julgar e começar a aprender
com Deus pela Sua Palavra. Falar que ela é minha única fonte e regra
é uma coisa, viver assim é bem outra. Se queremos levar Deus a
sério, precisamos levar Sua Palavra a sério.
"Senhor, me perdoe pela arrogância de colocar Tua Palavra abaixo
da minha opinião e dos meus desejos. Muda minha disposição para
que eu seja mais conforme os Teus padrões."
Mário Fernandez do site: http://www.ichtus.com.br.
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