Deus trabalha

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28).

Leitura Bíblica: Isaías 64.4-5 

O profeta Isaías apresenta um Deus com características diferentes das dos deuses conhecidos entre os povos politeístas daqueles dias. Os deuses eram caprichosos, cruéis e exigiam sacrifícios, às vezes humanos, para serem apaziguados e atender aos pedidos daqueles povos. Mas Isaías fala de um único Deus que ama e trabalha em favor dos que nele esperam. Você já conhecia essa face de Deus? 

Mas não nos enganemos. O Pai amoroso apresentado por Jesus não nos dará tudo o que queremos, por um único motivo: nem sempre o que queremos é o melhor para nós. Já vi crianças chorando porque seus pais tiraram de suas mãos algum objeto que lhes faria mal, como uma faca ou uma tesoura. Da mesma forma, Deus poderá nos dar coisas que aparentemente não nos são agradáveis. Como mãe, como eu sofria quando precisava levar as crianças para tomar vacina ou alguma medicação injetável. Que choradeira! Que dó! Mas era um mal necessário. 

É comum buscar ao Senhor de forma mais intensa quando estamos com alguma dificuldade: enfermidade na família, desemprego, problemas financeiros etc., e não há nada de errado nisso! Quantas vezes levantei de madrugada para clamar por sua providência ou intervenção em determinado assunto! Mas Deus quer que o busquemos e o consultemos sempre, mesmo quando estivermos “navegando em águas calmas”. 

Para isso, pode ser que precisemos acordar uns 15 minutos antes do horário normal para, antes de sair de casa ou começar as atividades diárias, ler uma porção da Palavra de Deus e falar com o Senhor em oração, pedindo sua bênção e direção para as atividades daquele dia. Ficará mais fácil perceber a boa mão do Senhor agindo em nosso favor se colocarmos diante dele todos os nossos pedidos, mesmo os que nos pareçam pequenos demais. Que possamos, como disse o salmista, provar e ver como o Senhor é bom (Sl 34.8)! 

Quem se aproxima mais de Deus, e nele espera, provará o quanto ele é bom e nunca ficará decepcionado. 

Clarice Tammerik Inácio da Silva, Santo André/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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De toda palavra

[Deus] humilhou [os israelitas] e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhes que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do SENHOR (Dt 8.3).

Leitura Bíblica: Deuteronômio 8.1 

Moisés lembra o povo que Deus não falharia nas promessas que havia feito aos antepassados deles. Dependia da fidelidade do povo escolhido alcançar vida, multiplicar-se e possuir a terra, condições estas que seriam os resultados da obediência à Lei. Deus mostrou ao povo conhecer seus pensamentos, permitiu a fome e depois providenciou o maná, do qual nunca tinham ouvido nem conheciam. 

No entanto, o objetivo maior era ensinar-lhes que “nem só do pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus”. Ainda hoje essa verdade está de pé. Ela valeu para Israel e vale para nós também. Deus precisou agir como pai, disciplinando-os. É notável que Moisés fala de algo bem aplicável a nós, que cremos em Jesus. 

Pela morte do Senhor, teremos riqueza bem maior que a terra de Canaã: somos herdeiros do Reino do Deus, e lá viveremos com ele eternamente. No texto da leitura bíblica, Moisés faz várias advertências aos que herdariam a terra de Canaã: “Tenham o cuidado de obedecer”; “Lembrem-se!” “Obedeçam!” Podemos notar o temor de Moisés com os costumeiros deslizes e desobediências do povo que Deus tirara do Egito. Nossa leitura traz muitos avisos inesquecíveis da parte de Deus. 

Podemos enriquecer nossa vida vivendo as verdades que a Palavra de Deus nos recomenda. Essas verdades são tão importantes, que Jesus as repetiu quando foi tentado pelo Diabo no deserto: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca do Senhor”. Jesus conhecia as grandes verdades no Antigo Testamento, e confirma para nós que guardar a Palavra de Deus, ou seja, obedecê-la, será bênção para nós e nos livrará de muitos aborrecimentos. 

Quem guarda os mandamentos do Senhor tem a promessa de vida longa e paz. (Cf. Pv 3.1-2) 

Manoel de Jesus Thé, São Paulo/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Dádivas

 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).

Leitura Bíblica: Romanos 5.6-10

Imagine a situação: você tem um sítio enorme, com animais, lago, casa arrumada, empregados cuidando da manutenção. Um dia você deixa esse sítio aos cuidados de outra pessoa, e diz: “Este sítio é meu e gostaria que você cuidasse e desfrutasse dele por um período”. Algum tempo depois, você retorna e encontra o local malcuidado: empregados relapsos, lixo no lago, animais desnutridos e a casa abandonada. Qual seria sua reação? O que essa pessoa mereceria?

Esse exemplo é uma tentativa de fazer uma analogia da relação do homem com Deus. Desde a desobediência de Adão e Eva no Éden, o ser humano vive longe de Deus. Você e eu o traímos, o trocamos pelas nossas próprias vontades. Assim, conforme a leitura bíblica, a paz que havia nessa relação acabou. O homem se tornou inimigo de Deus, foi chamado de ímpio e passou a ser um morto espiritual, incapaz de tomar qualquer iniciativa! A Bíblia afirma que nenhum homem seria capaz de restabelecer a paz com Deus, afinal, está morto (Ef 2). Dessa forma, Deus, “o dono do sítio”, vê a situação e toma uma iniciativa para restabelecer a paz entre ele e nós. O versículo-chave diz que a partir do momento em que fomos justificados pela fé, a paz é restabelecida. Como assim? Nossa leitura bíblica responde: quando ainda vivíamos “descuidando do sítio”, Deus tomou a iniciativa de nos dar uma nova chance. Ele enviou Jesus para pagar pelas consequências dos nossos pecados. Ele se fez réu em nosso lugar, e toda sentença que seria nossa, ele levou na cruz. A grande dádiva é ter fé em quem Jesus é e no que ele fez. O mérito da reconciliação é todo dele. A paz que havia desaparecido retornou. De inimigos, voltamos a ser amigos. Quantas dádivas: a fé, o perdão, a salvação, a reconciliação, ter paz com Deus e o privilégio de ser amigo de Deus! Merecíamos? Não, mas nós podemos tê-las como presente divino.

Obrigado, Deus, por tantas dádivas que não merecíamos!

Gabriel de Araújo Almeida, Ouro Branco/MG.Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br
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Prova

Examinemos e coloquemos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao SENHOR (Lm 3.40).

Leitura Bíblica: Juízes 3.1-6. 

Tirar a carteira de motorista pode ser motivo de muita ansiedade para algumas pessoas. Conheço uma pessoa que afirma ter sido reprovado mais de 20 vezes na prova prática. Lembro que, quando fui fazer aquela prova, quase fui reprovado antes mesmo de ligar o veículo, pois quase me esqueci de colocar o cinto de segurança. Aquilo que parecia apenas um detalhe, embora de extrema necessidade para a segurança de quem está no automóvel, seria o suficiente para a minha reprovação. 

Por vezes, somos reprovados em questões que parecem não ser muito relevantes ou são apenas detalhes. Depois da morte de Josué, as 12 tribos de Israel passaram a habitar nas terras que haviam sido designadas para elas. No entanto, os israelitas foram desobedientes à ordem dada pelo Senhor de que expulsassem os povos que ali habitavam (Nm 33.50-56). A atitude deles não estava fora do controle de Deus. O Senhor deixou que isso acontecesse para pô-los à prova. Os versículos 5 e 6, da leitura de hoje, mostram o que aconteceu: o povo não passou naquela prova. 

E essa situação permaneceu ainda durante muito tempo depois, podendo ser vista inclusive após o exílio babilônico (Ed 9.1-2). Perceba que eles haviam expulsado muitos dos habitantes daquela região, mas não todos. E aqueles que permaneceram foram suficientes para exercer má influência sobre o povo, e este fosse reprovado. 

A Bíblia nos orienta a sermos perseverantes para que sejamos aprovados (Tg 1.12), firmes na fé e, por conseguinte, obedientes a Cristo. Por vezes, algo que parece ser apenas um pequeno detalhe pode ser crucial para que nos desviemos. Assim, mantenha-se firme na fé de que Jesus veio ao mundo, foi aprovado por Deus e diante dos homens ao realizar sinais e maravilhas, morreu em nosso favor e ressuscitou (At 2.22-24), de forma que nós também possamos ser aprovados mediante a fé em Cristo Jesus. 

Procure viver de forma que Deus aprove sua conduta. 

Cléber Mateus de Moraes Ribas, Ijuí/RS. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Tudo é dele

Disse Jó: “Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).

Leitura Bíblica: 1 Crônicas 29.10-16. 

Há poucos meses, perdemos um irmão querido em nossa comunidade de fé. Uma doença o assaltou de súbito e, em menos de dois meses, ele se foi. Tudo foi muito rápido. Corri com ele e a esposa para vários locais nas cidades vizinhas, buscando tratamento. Enquanto isso, os irmãos em Cristo estavam orando, jejuando e intercedendo. Mas aprouve a Deus chamá-lo à sua presença. 

E tão chocante quanto sua morte foi depois ver a viúva sofrendo – mas precisando se desfazer de alguns pertences que eram exclusivamente dele. Era muita dor, mas ela precisava se desapegar de algumas coisas. Alguns irmãos receberam doações de sapatos, roupas e até algumas ferramentas. Foi difícil para nós, mas foi pior para a viúva, que teve de lidar com a morte. Contudo, a fragilidade da vida me fez mais uma vez perceber quanto nossa estadia nesta terra é realmente um sopro, como relata Tiago 4.14. 

Não temos nada nem somos indestrutíveis. Basta uma palavra do Pai e tudo se vai. Quando partimos, todo o patrimônio fica – roupas, pertences, dinheiro ou algo a que você tem um apego demasiado. Tudo vai parar nas mãos de outro ou até mesmo para o lixo. Somos pó. 

Davi, ao fim da vida, tinha essa consciência bem clara. Em solenidade de culto ao Senhor com seu povo, confiou o trono a Salomão e ressaltou a soberania e a majestade de Deus e nossa débil condição: “Não temos nada para dar a Deus. Tudo o que oferecemos veio, em antemão, das mãos dele mesmo” (v.16). Davi estava naquele momento trazendo à sua consciência e à do povo que devemos ao Senhor tudo o que temos e somos. Tudo é do Senhor. Tudo vem dele. Tudo pertence a ele. É o Senhor quem dá e é ele quem pode tirar. Na hora da morte, nada mais lhe pertence. Saiba que tudo o que você tem pertence a Deus e o fato de ele lhe confiar tudo isso é um grande privilégio. 

Tudo o que você é e tudo o que tem veio de Deus. Agradeça a ele pelo privilégio. 

Marcelo Matias, Serafina Correa/RS. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Levar a pecar

Você andou nos caminhos de Jeroboão e fez o meu povo pecar e provocar a minha ira por causa dos pecados deles (1Rs 16.2b).

Leitura Bíblica: 1 Reis 16.1-4. 

A Bíblia mostra que algumas pessoas agem de forma tão depravada que não se contentam em “apenas” pecar, mas procuram também levar outros ao pecado. Foi assim que aconteceu com vários reis de Israel, no Reino do Norte. Seu primeiro rei, Jeroboão, agiu assim uma vez que incentivou o pecado da idolatria, e foi seguido por outros, pelo que foram condenados por Deus. Baasa foi um deles, como vimos no texto de hoje. Ele pecou ao agir como Jeroboão e, com isso, foi também responsável por influenciar Israel a transgredir a lei. Assim, a ira de Deus veio sobre Baasa e grande foi sua condenação. 

Interessante é que o tempo passa, e o ser humano não muda seu comportamento. Nos dias de hoje, existem pessoas que não se contentam em “só” pecar, mas se esforçam em influenciar outros a pecar como elas. Fazem isso por meio de leis, campanhas veladas ou abertas, artes em geral, cinema, televisão, jornais, revistas, ensinos formal e informal etc. Esses meios, na maioria das vezes, poderiam promover o bem, mas têm sido, em muitos casos, utilizados para o mal. 

Como cristãos, precisamos estar alertas em relação a essas armadilhas, para que não sejamos vítimas, levadas ao pecado, nem cúmplices, influenciando outros a pecar. É imprescindível que avaliemos tudo à luz da Palavra de Deus, que nos mostra o certo e o errado. O próprio Jesus alertou seus discípulos dizendo que aquele que fizer tropeçar algum dos pequeninos que creem nele sofrerá as duras consequências de seu ato louco (Mt 18.6). Utilizando figuras de linguagem para mostrar a gravidade do castigo que esses pecadores receberão, o Mestre alertou: “seria melhor que fosse lançado no mar com uma grande pedra amarrada no pescoço” (Mc 9.42b). Precisamos estar atentos para não passar a considerar normal o que a Bíblia chama de pecado. 

A promoção do pecado é um perigo constante! 

Antonio Renato Gusso, Curitiba/PR. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Bela sinfonia

Bendiga o SENHOR a minha alma! Ó SENHOR, meu Deus, tu és tão grandioso! Estás vestido de majestade e esplendor! (Sl 104.1)

Leitura Bíblica: Salmo 104.10-24. 

Quem não fica extasiado diante de uma linda sinfonia, produzida por uma orquestra na qual cada instrumento participa com seu som, seus acordes, seu timbre, segundo as notas da partitura, ora determinando um som mais alto, ora mais baixo; ora mais agudo, ora mais grave; com intervalos maiores ou menores; e sob a regência de um maestro que, unindo todos, com suas características diferentes, acabam produzindo aquele resultado agradabilíssimo aos ouvidos e ao coração. 

Ao ler o texto da leitura bíblica, sobre a maravilhosa criação de Deus, por meio da harmonia, inteligência e completa interconexão, todas as partes cumprem seu papel fielmente, tudo está interconectado numa interdependência que produz uma autossuficiência e permite a sobrevivência de todas as espécies. Tudo no seu tempo, no seu lugar, na sua função! Os cientistas chamam isso de “Sintonia Fina”, o que não é por acaso, uma vez que tudo se completa e tudo leva a um Deus maravilhoso, onisciente, onipresente e onipotente. 

Ao ler o texto, imaginemos ouvir uma sinfonia linda e perfeita: o mar não pode ir – e não vai – além dos limites estabelecidos por Deus, porque, se ultrapassasse, toda essa “sinfonia” seria prejudicada. Assim também ocorre com a lua, a Terra, cada planeta e as estrelas – eles não podem sair e não saem de suas órbitas, porque, se saíssem, toda essa harmonia ficaria prejudicada. 

Pensem no planeta Terra com toda sua biodiversidade, e cada ser vivo dependendo um do outro. É exatamente a manutenção dessa biodiversidade que permite a existência e a sobrevivência de todas essas espécies de vida no planeta – uma interdependência vital e indissociável! Somos cidadãos do Reino de Deus e peregrinos nesta terra (1Pe 2.11), mas enquanto estivermos por aqui, somos responsáveis por cuidar deste planeta. 

Somos responsáveis pelo cuidado da linda e harmoniosa criação para que seja sempre uma sinfonia perfeita. 

Genevaldo Edino de Souza Bertune, Jundiaí/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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A língua

A língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno (Tg 3.6).

Leitura Bíblica: 1 Samuel 17.41-45 

A leitura bíblica traz um trecho da conhecida história da luta entre Davi e Golias, em que este usa a arma mais poderosa e destruidora que o ser humano tem: a língua. O gigante se apresenta com arrogância, caçoando e desprezando Davi, que, por sua vez, não dá ouvidos às palavras proferidas, pois sabia que sua vida e seu futuro estavam nas mãos do Senhor. Sugiro a leitura do capítulo inteiro, para deslumbrar-se com os detalhes da condução de Deus em cada momento dessa trajetória. 

Às vezes, por descuido ou descontrole, as pessoas podem dizer algo indevido e, nesses casos, a língua se torna venenosa e destruidora. Quando damos ouvidos a acusações, fofocas e mentiras, nossa mente tende a travar, e começamos a ouvir apenas a voz de nosso próprio coração ferido. Davi sabia que precisava se concentrar em Deus. Ele próprio era muito menor que Golias, mas tinha a convicção de que o Senhor estava no controle de tudo e que por isso as bravatas do gigante não significavam nada. Assim, Davi teve coragem e prosseguiu até o fim. 

Querido leitor, não importa a intensidade do ataque que você sofre. O que faz diferença é a dimensão que Deus ocupa em sua vida, principalmente nos momentos mais difíceis. Não tenha medo da língua enganosa, nem do inimigo que tenta derrotá-lo e desanimá-lo no meio da batalha. Fique firme e encare seus opositores do ponto de vista de Deus. Escute somente a voz do Senhor e prossiga. Também lembre-se de usar sua língua apenas para bendizer, encorajar e incentivar os outros. Se não tiver palavras doces, amorosas e pacíficas para dizer, pode ser melhor se calar. O silêncio também é muito valioso em muitas ocasiões e evita danos. Seja luz por onde andar e seja aquela pessoa que todos querem ter por perto. 

“A boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34) - suas palavras estão destruindo ou edificando? 

Luciana Gallinari, Paulínia/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Fragmentos

O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros alívio receberá (Pv 11.25).

Leitura Bíblica: Salmo 25.1-10 

Em 2020, no início da pandemia, depois de ficar viúva, experimentei o que significa uma vida fragmentada. São pedaços espalhados que nunca mais se colarão. Como um quebra-cabeça que perdeu diversas peças, sinto que, enquanto eu viver neste mundo, jamais o quadro ficará completo. Mas, há consolo, esperança e um lado bom em tudo que passamos. 

Quando visito a casa dos meus filhos, da minha família ou dos meus amigos, sempre encontro uma peça do grande quebra-cabeça que a vida espalhou. Foram tantas mudanças: casas que se encolheram, decorações que ficaram pelo caminho e móveis que encontraram outros lugares para se acomodar. Então, em algum lugar, uma orquídea está florescendo, um café está sendo servido, uma poltrona está acolhendo um visitante; louças, que um dia me pertenceram, estão enfeitando outras estantes. 

Foram fragmentos que ficaram pelo caminho. Seria perfeito se eu só pudesse deixar coisas úteis, boas e bonitas para trás. Mas a consciência pesa quando me lembro dos relacionamentos machucados, das mãos que não estendi quando alguém precisou ou se não me doei por completo diante de uma causa que poderia ser ganha. 

E tento melhorar, porque sei que estamos aqui para fazer diferença, com a ajuda do Senhor. Apesar da vida estar fragmentada, ainda resta beleza, novas perspectivas e novos horizontes. O que, um dia, foi tão importante e cuidei para não estragar, quebrar ou perder, hoje não faz mais sentido para mim. Por isso me desapego e procuro viver com menos, com o suficiente e com o que cabe na bagagem, que a cada dia vai ficando mais compacta. Espero, nesta vida, deixar mais amor que dor e ser lembrada pelas boas atitudes e bons testemunhos. E o que não foi bom, que seja perdoado e esquecido, assim como o Senhor perdoa e se esquece das nossas faltas. Assim, que possamos deixar o bom, o útil e o agradável a quem precisar. 

Senhor, nesta vida passageira, ajude-nos a enfeitar casas e vidas e ser lembrados com carinho, amor e alegria. 

Zelene Reis, Itapeva/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Interceder

Longe de mim esteja pecar contra o SENHOR, deixando de orar por vocês (1Sm 12.23a).

Leitura Bíblica: 1 Timóteo 2.1 

Interceder é colocar-se no lugar de outra pessoa e pleitear a sua causa como se fosse a sua própria, é intervir por alguém. Em quase todas as suas cartas, o apóstolo Paulo, além de ser um intercessor, pede que as pessoas e as igrejas intercedam diante de Deus por ele e por outras pessoas. Enquanto escrevo este texto, estão acontecendo invasões dos exércitos russos nos territórios da Ucrânia. Diariamente tenho recebido diversos vídeos de pastores dizendo que a maior ajuda que podemos prestar são nossas orações e intercessões. Enquanto grande parte da nossa nação estava de joelhos intercedendo pela vida daqueles irmãos, recebemos o seguinte testemunho de um pastor ucraniano: “Por favor, diga ao seu povo que, por causa de suas orações, Deus realmente luta nossas batalhas. Os foguetes desaparecem no ar sem chegar às nossas casas e ninguém sabe para onde foram. Os tanques inimigos ficam sem combustível, as tropas inimigas se perdem e vêm pedir comida e informações aos nossos moradores. Com certeza isso só pode ser explicado como ação de Deus através da intercessão dos irmãos. Continuem orando por nós”. 

Algo impressionante aconteceu quando Pedro foi preso por Herodes (At 12). Ele estava acorrentado pelos braços e pernas, vigiado por vários soldados em tempo integral. Era impossível escapar. Enquanto isso, a igreja “orava intensamente por ele” (v. 5). Deus enviou um anjo, e eles passaram pelos vigias e pelo enorme portão de ferro da cidade sem serem vistos e sem deixar rastros (v. 10). Incrível! 

Milagres como esses são obras de um Deus grande e infinitamente poderoso! Por isso, continuemos orando e intercedendo, pois por mais impossível que pareça a situação, por mais que você já esteja há clamando há tempo, maior e mais poderoso é o nosso Deus. Creio que ele pode nos ouvir e agir milagrosamente, assim como já está fazendo. 

Deus pode fazer muito mais do que pedimos e pensamos. (cf. Ef 3.20) 

Gabriel de Araújo Almeida, Ouro Branco/MG. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Bzzz

Em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o homem? (Sl 56.11)

Leitura Bíblica: Salmo 56.1-13 

Se você encontrar uma mosca bem velhinha, saiba que provavelmente ela ainda não completou 28 dias de vida. Para nós, é pouco, mas se a mosca pensasse, creio que teria a mesma perspectiva de seus 28 dias que temos sobre 80 anos de idade. 

Na leitura de hoje, o salmista está oprimido, perseguido e com real chance de ser morto. A Bíblia nos informa que ele morreu por volta dos 70 anos (2Sm 5.4). Como nós, ele estava sujeito ao tempo, o maior aliado da morte – não apenas o evento final, mas o processo degradante que traz a perda de vigor, memória, mobilidade etc., morrendo aos poucos. Então morrer hoje, na verdade, só antecipa o que cedo ou tarde vai ocorrer. Duro, mas verdadeiro. 

Parece que 80, 90 ou 100 anos é muito tempo, pois nos acostumamos a olhar a vida sob a perspectiva de um tanto de anos. O salmista sofre e clama ao Senhor. O nosso Deus pode e, com frequência, intervém nas circunstâncias. Mas alguns pensam que a vida de cristão traz embutida uma “vacina contra o sofrimento”, que obriga o Senhor a nos dar “vitória”, em termos de bem-estar terreno. 

A história dos primeiros cristãos já mostra que não é bem assim. O mundo em que vivemos jaz no Maligno, ou seja, é dele o programa que está “rodando” aqui, por isso temos aflições. Mas Paulo nos aconselha: “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas!” (Cl 3.2) Afinal, as daqui se desvanecem rápido demais e têm prazo de validade curto. Como cristãos, temos de lembrar que a morte de Jesus nos salvou de nossos pecados e que ele ressuscitou ao terceiro dia, conquistando para nós a vida eterna. 

Assim, sabemos que há mais após o túmulo – uma vida na real acepção da palavra: plena, satisfatória, independente do tempo, sem dor nem lágrimas, sem maldade. Jesus tudo sofreu porque sempre manteve seus olhos nas coisas que são do alto. Lembre-se que essas são as que valem. As daqui acabam rápido. 

Precisamos treinar nossa mente a focar naquilo que importa: a eternidade. 

Miguel Herrera Júnior, Bragança Paulista/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Consulta a Deus

E eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade (Jo 14.16-17a).

Leitura Bíblica: Números 27.12-23 

Na leitura de hoje, Moisés está próximo do fim de sua vida. Era a hora de Israel entrar em Canaã e ele sabia que ficaria de fora. Diante disso, pede que Deus coloque outro em seu lugar para liderar o povo (vs.12-17), ao que Deus responde indicando seu servo Josué. Moisés sempre deu as ordens vindas de Deus para Josué executá-las, mas logo já não estaria presente, e a vontade de Deus deveria continuar a ser buscada antes da tomada de decisões. Assim, Deus orienta Josué a agir lado a lado com o sacerdote Eleazar e, por meio dele, consultar o Urim sempre antes de agir.

Nesse texto, especificamente, aparece a palavra Urim, mas é de aceitação geral que se trata aqui do Urim e Tumim, palavras hebraicas que significam luzes e perfeições. Sabe-se que eram duas pedras usadas no peitoral das vestes do sumo sacerdote, e eram um meio utilizado pelo sacerdote para consultar Deus e buscar sua vontade. O Novo Testamento não cita a utilização do Urim e Tumim, ainda que algo semelhante possa ter sido empregado na escolha de Matias, apóstolo que assumiu o lugar de Judas entre os Doze Discípulos (At 1.15-26). 

Porém, isso aconteceu antes da vinda do Espírito Santo, cuja chegada está descrita em Atos 2. Já no final de seu ministério, dando as instruções finais aos seus discípulos, Jesus fala sobre a vinda do Espírito Santo, que “ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu disse”. É por isso que o cristão não precisa de objetos para buscar a vontade do Senhor. Observe que o Espírito nos “lembrará”; ele não nos “revelará”. Só nos lembramos do que já vimos ou conhecemos. Portanto, precisamos nos dedicar a ler e conhecer a Palavra de Deus cada vez mais para que o Espírito nos guie à verdade em todas as nossas decisões. 

O cristão é orientado em sua vida pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo que nele habita. 

Antonio Renato Gusso, Curitiba/PR. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Ouvir e crer

Teria eu [o SENHOR] algum prazer na morte do ímpio?... Ao contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver? (Ez 18.23)

Leitura Bíblica: Romanos 10.1-21 

Deus se revelou aos homens para que estes sejam salvos! Na leitura de hoje, o apóstolo Paulo explica que a salvação não é concedida só porque a pessoa é sincera e religiosa, como os judeus acreditavam. É preciso confessar com a boca e crer de coração na morte e ressurreição de Jesus. Deus não nega a salvação para os que creem e invocam o seu nome! E o versículo em destaque mostra claramente que Deus não tem prazer na morte do ímpio. Por isso, antes de voltar ao céu, Jesus ordenou que seus discípulos levassem a mensagem da salvação por todo o mundo. 

Voltando a Paulo, ele continua fazendo uma série de perguntas que abordam a sucessão dos acontecimentos necessários para que uma pessoa seja salva. Algumas pessoas talvez não creiam pois ainda não ouviram as boas-novas. Felizmente, há ministros do evangelho e missionários que têm compartilhado a mensagem de Jesus. Isso também tem sido feito por meios de filmes, de uma ligação telefônica, uma mensagem nas redes sociais, um versículo colado no carro, um folheto na sala de espera, uma conversa sobre fé na fila do banco, nas biografias de grandes homens e mulheres de fé. 

Pode-se aconselhar a buscar a Deus – o Senhor que se revela por meio de cada detalhe da criação e tudo o que na terra existe. E quanto à vida? Deus é o autor da vida. Olhe para o ser humano e observe como cada parte do corpo foi arquitetada com perfeição por Deus. Se ainda assim você não consegue ver Deus, lembre-se das orações atendidas. E quantas pessoas foram até você e lhe falaram sobre o amor de Deus? 

Quantos aniversários o Senhor lhe permitiu comemorar? Se você pensa que Deus não se importa com você, comece a prestar mais atenção. Há inúmeras maneiras de o Senhor se revelar. Não perca tempo: creia e anuncie o amor e a bondade de Deus! 

“Como são belos os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10.15b) 

Aline Coscioni Schach, Ijuí/RS. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Em paz me deito

Mas bendito é o homem cuja confiança está no SENHOR, cuja confiança nele está (Jr 17.7).

Leitura Bíblica: Salmo 4.1-8 

Há alguns dias me despedi do meu filho, pois ele seguiria para uma longa viagem, por conta do seu trabalho. Como piloto agrícola, nessa época do ano, devido à seca, ele trabalha na brigada contra incêndios para salvar lavouras e florestas. Ele disse que sairia de madrugada e eu orei por sua viagem e dormi. No outro dia, fiquei sabendo que ele saiu logo após a nossa conversa e viajou a noite toda. Como eu não sabia, não me preocupei. E será que adiantaria alguma coisa se eu perdesse o sono? 

Quem o guardou estava acordado, pois “sim, o protetor de Israel não dormirá” (Sl 121.4). Como é difícil fazer essa entrega e ficar despreocupada. Não sei o horário em que ele está sobrevoando o fogo, nem quando minhas filhas e netos estão andando pelas ruas perigosas de São Paulo. Mas Deus sabe. Quando as coisas fogem ao nosso controle, precisamos contar com o controle do Senhor. Não damos conta de nenhum segundo sequer da nossa vida, quanto mais daqueles a quem amamos e que estão longe de nós. Não vivemos em uma redoma, tentando preservar todos, mas sabemos que, para os que confiam no Senhor, mal algum chegará à sua tenda (Sl 91.10). E, se porventura, a provação chegar e a vida se for, se a demissão nos assustar e entes queridos adoecerem, temos o Senhor como nosso escudo e por isso estamos seguros. 

Ele é nosso tesouro, nossa herança, nosso bem maior. “Mesmo não florescendo a figueira e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas e não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17-18). Assim, podemos dormir em paz porque, quando nossa caminhada na terra acabar, acordaremos no céu e louvaremos eternamente ao Deus da nossa salvação. 

“Pense em si mesmo e a aflição aumenta. Pense em Deus e a aflição se vai.” (Stanley Jones) 

Zelene Reis, Itapeva/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Pensamentos

Portanto não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações (Mt 6.34a).

Leitura Bíblica: Isaías 55.6-9 

Muitas pessoas não conseguem parar de pensar. Suas mentes ficam ativas de tal modo que é difícil se concentrar em um determinado objetivo, tentar conciliar o sono ou ouvir o que as pessoas falam. Quase todos os pensamentos são sobre o sustento ou obter riqueza. Esse exercício, na maioria das vezes, é inútil, pois não dependemos tanto do que pensamos, mas muito mais das nossas ações. Além disso, estamos sujeito às variações que ocorrem, por exemplo, na política econômica do país. Até temos bons planos, mas estamos sujeitos a fatores que independem de nossos anseios. 

O povo judeu andou em seus caminhos de forma incerta. Eles se viam abandonados à própria sorte. No texto de hoje, o profeta Isaías fala ao povo que eles teriam tudo de que precisavam. Só tinham de escutar o Senhor e ouvi-lo (Is 55.1-3), pois Deus está no controle de todas as nossas necessidades, e a promessa que Deus fez a Davi de aliança eterna, fidelidade e cuidado se estende a todo o povo judeu e, consequentemente, aos cristãos, conforme o texto-chave. Esteja atento aos ensinamentos de Jesus. Por mais que pensemos no futuro, não podemos esquecer que, quando o Senhor faz uma aliança, esta é eterna. 

Por isso temos de clamar ao Senhor enquanto se pode achá-lo e ele está perto. Os pensamentos e os caminhos de Deus são mais altos do que os nossos. Nossa esperança não está no que pensamos, mas sim no Senhor. Como restabelecer os nossos caminhos com Deus? É uma questão de reconhecer que somos falhos e que carecemos do perdão de Deus. Jesus veio para estabelecer essa conexão. Ele afirmou para os seus discípulos que eles conheciam o caminho para onde ele ia. Mas Tomé argumentou que eles não sabiam para onde Jesus ia, ao que ele respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.4-6). Isso nos basta. 

A aliança eterna feita com os judeus se estende a todos que creem em Jesus. 

José Donato Cavalheiro, Sorocaba/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Perigos a evitar

E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma (Tg 1.4).

Leitura Bíblica: Tiago 1.1-4 

O livro de Tiago é um livro cheio de tensões. Foi escrito numa hora perigosa, tanto para o signatário como para os destinatários. Entre os livros da Bíblia, é o mais repleto de desafios. Os leitores de Tiago estão dispersos pelo mundo, e ele os saúda com a palavra saúde, que lembra também alegria, pois ambas andam juntas. Ele usa também a palavra “servo”, uma palavra que lembra o escravo que servia fora da casa, e seus leitores se encontravam nessa insegura posição. 

Servir a Deus na igreja é bem mais fácil. Vários são os fatores que colocam nossa fé em perigo: ameaça futura, desemprego, ameaça de falência, doença, traição, decepção, desentendimentos familiares, filhos rebeldes... Tudo que nos rodeia oferece perigos à fé. Tiago nos adverte sobre vários perigos, como provação e tentação, que andam de mãos dadas. Ele inicia lembrando o perigo de sentimentos errados na hora da provação. 

Quantas vezes vemos pessoas culpando a Deus pelos seus sofrimentos. Jesus foi entregue pelo Pai para morrer em nosso lugar, e nunca culpou o Pai pela escolha feita por ele mesmo. Provação provoca ansiedade, o que torna a prova maior ainda, mas também pode ser considerada bênção, porque nos aproxima do caráter de Cristo e da glória de Deus. 

Uma das preciosidades desse texto é o resultado da provação: produz perseverança. Quando uma pessoa resiste à provação, ela sai muito melhor do que quando nela entrou. O desafio que pode nos envolver em glória na hora da dor é saber que Deus se importa conosco e tudo o que ele faz visa ao benefício de nossa espiritualidade. A provação torna-nos maduros, íntegros e aptos para cumprirmos nossa missão celestial neste vale de lágrimas. É um privilégio quando Deus confia nos seus servos a ponto de testar-lhes a fé! 

A provação é um sofrer que nos leva à glória. Mude seu olhar diante da provação. 

Manoel de Jesus Thé, São Paulo/SP. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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Jesus é Senhor

E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Fp 2.11).

Leitura Bíblica: Romanos 1.1-7 

Na saudação de Romanos, Paulo se apresenta a comunidades cristãs que não o conheciam pessoalmente. Pode-se dizer que ele mostra o seu cartão de visitas a elas. Ao contrário do que poderia ostentar nesse cartão, como suas credenciais marcantes de pregador, escritor, líder, fundador de igrejas, sábio, erudito, poliglota, missionário etc., ele se apresenta como escravo de Jesus Cristo. 

As versões bíblicas, normalmente, traduzem as primeiras palavras deste livro como: “Paulo, servo de Jesus Cristo”, o que alivia um pouco o original grego doulos, que descreve, em especial, ser escravo, propriedade de alguém. Com certeza, esse tipo de condição em relação a outros não é desejada em nossa cultura. 

Mas, no período bíblico, escravo ou servo do rei era título de honra. Quanto maior o prestígio do rei, maior o destaque daqueles que o serviam. Paulo se apresenta como aquele que serve e pertence ao maior de todos os reis. Humanamente falando, Jesus era descendente do rei Davi, símbolo para os demais reis em Israel. No entanto, mais do que isso, Jesus é o Messias, o Salvador, o Filho de Deus, a quem Paulo pertence. 

Alguém tão importante que, até mesmo João Batista, segundo Jesus, o maior dos homens até a sua época (Mt 11.11), não se julgava suficientemente digno de ser seu escravo, mesmo dos mais humildes, daqueles que desatavam as sandálias dos donos ao chegarem em casa (Lc 3.16). Jesus chamou seus discípulos de amigos (Jo 15.15), filhos (Jo 21.5) e irmãos (Mt 28.10). Até os serviu como se fosse um escravo estrangeiro de sua época, lavando-lhes os pés (Jo 13). Fez tudo isso para dar exemplo de serviço e humildade, mas, na verdade, ele é o soberano Senhor. É um privilégio, ou mais do que isso, é a maior de todas as credenciais poder servir e pertencer ao Senhor Jesus, assim como Paulo e tantos outros. 

Jesus Cristo é o Senhor! 

Antonio Renato Gusso, Curitiba/PR. Extraído do site https://presentediario.transmundial.org.br 

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